Uma das atividades que mais cresce mundialmente no setor terciário é o turismo. No Brasil, por exemplo, essa atividade foi e continua sendo uma contribuição muito satisfatória para os setores de economia e cultura.
Por ser de grande importância, é necessário que o planejamento turístico seja feito com muita cautela. O ideal é que empresas e órgãos governamentais se organizem com o objetivo de tornar o turismo um aliado do desenvolvimento social e econômico de cada localidade.
Caso contrário, poderão surgir alguns problemas. Abordo os principais a seguir:
#1 Queda nos índices de qualidade de vida
O turismo é considerado parte integrante da qualidade de vida da população, devido aos processos de urbanização, industrialização e os recursos da comunicação de massa que fazem parte dos esforços de divulgação de uma localidade turística.
Nesse caso, o planejamento turístico atua como ferramenta de ação governamental para a promoção do desenvolvimento econômico.
Para que esse desenvolvimento seja pleno, ele deve satisfazer as necessidades materiais e imateriais das pessoas que residem nos locais turísticos, o que leva a uma melhor qualidade de vida para a população. Sem a adoção de um planejamento de turismo adequado a (falta de) qualidade de vida é um dos elementos que pode se tornar um problema.
#2 Baixa procura turística
Levando em conta que o planejamento turístico está diretamente ligado à intenção tácita de aumentar os benefícios socioeconômicos e minimizar os custos de manutenção de uma região a partir da definição de políticas e processos, a falta de planejamento faz com que a procura de espaços para fins turísticos e recreativos sofra uma queda.
Isso se dá porque a falta de condições e infraestruturas adequadas para receber o turista influenciam muito nessa questão, uma vez que são determinantes para a escolha do indivíduo em seu investimento de viagem.
#3 Queda no giro da economia local
Como mencionado anteriormente, o turismo movimenta positivamente a economia das cidades que implementam seus próprios roteiros turísticos. Esse setor possui uma cadeia produtiva composta pela geração de empregos diretos e indiretos, investimentos ligados à construção de novos negócios, gastos públicos direcionados a segurança e transporte, além da própria indústria do lazer.
Nesse âmbito, toda essa cadeia sofre um impacto direto caso haja um planejamento turístico inadequado.
#4 Desperdício de recursos financeiros
Um planejamento turístico deve ser feito com base na localidade a qual se deseja desenvolver. Cada município possui uma especificidade, além de atrativos próprios, e não levar isso em conta pode levar a erros de planejamento.
O resultado é a potencial ocorrência de desperdício de recursos financeiros.
Por outro lado, com o planejamento turístico feito de forma eficiente, pode-se poupar recursos e investi-los em áreas e iniciativas assertivas para a disseminação de boas práticas de turismo local.
#5 Infraestrutura saturada
O turismo é uma atividade composta de diversos elementos diferentes – e alguns deles possuem o potencial de causar danos à infraestrutura das cidades, como no caso da degradação ambiental e social. O planejamento turístico pode atuar positivamente de forma a evitar que esses danos ocorram, implantando uma regulação no setor.
Em suma, o planejamento turístico tem a função primária de otimizar os recursos existentes e somá-los à sustentabilidade, incrementando a procura turística.
Para que o turismo tenha impactos positivos é necessária uma gestão eficiente dessa função. Portando, faz-se imprescindível, principalmente, que os objetivos do planejamento estejam sempre alinhados com as necessidades e aos desejos da população local, evitando que mais problemas, além dos falamos nesse texto, sejam criados.